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Urutau não pisa o chão
Tem seu jeito de evitar
Imóvel vira arredores
Comendo tudo no ar
Disfarce de um segundo
Engana qualquer olhar
Na procura da fartura
Para o bico agarrar
Até sem abrir os olhos
Tem modo de enxergar
Sem bravata é criatura
Noturna e singular
Seu vôo uma ventania
Só mudando de lugar
Nas penas tem segredo
Guardado entre o luar
“Arranquei duas penas
Do rabo do urutau
Pra ajudar a menina
A evitar qualquer mal”
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009
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