quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Tem medo do anhangá?

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Conhece de visagem?
Tem medo do anhangá?
E das almas errantes
Que vivem em tudo que há?

Sabe andar nas sombras
Como espírito de uma dor?
Gosta de beber cangueras
Pensando também no amor?

Sabe todos os invisíveis
Que o mundo viu contar
Alguns deles eu conheço
Todos gostam de fumar

Muitos têm uma decência
Que é muito singular
Só mexem numa disgrama
Se alguém encomendar

Faz o que faz fazendo
Se a criatura abonar
Sabe qual o jeito da vida
No natural se alinhar

Muitos não toleram nunca
Ver harmonia se quebrar
Por isso fazem redução
Se a natureza precisar







“Debaixo duma cuieira
Vi fumaça se espalhar
Senti cheiro de tabaco
Fui ver era o anhangá”

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