quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pegou panema

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Não soube se valentia
Podia ter seu valor
Tonteado não entendia
Sentia só um torpor

A caça sumiu pro lado
Sem ir pra lugar nenhum
Em volta tudo calado
Um cheiro tal qual bodum

No braço a câimbra subiu
A mira foi enviesada
No corpo triscou calafrio
A arma parou falhada

No caminho asselvajado
Foi onde pegou panema
Perdeu a alma no mato
Esqueceu como se rema

Encontrou-se mais de mês
Na alvura duma rede
Sem lembrar do que sabia
Sentindo só muita sede






“O real tem seu espaço
Para imaginar a vida
Especado é que não pode
Senão fica ela perdida”

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